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segunda-feira, 24 de maio de 2010

H1N1 = BOMBA BIOLÓGICA 1

Na natureza, os vírus da gripe circulam continuamente entre animais, especialmente aves. Apesar destes vírus, teoricamente, poderem evoluir para vírus pandêmicos, na Fase 1 não há casos de infecção humana por vírus que circulam em animais.

Na Fase 2, um vírus animal da gripe que circula entre animais domesticados e selvagens infecta seres humanos, e portanto, há uma ameaça potencial de pandemia.

Na Fase 3, um vírus recombinado animal ou humano-animal provoca casos esporádicos ou pequenos surtos da doença em pessoas, mas ainda não ocorre uma transmissão entre seres humanos suficiente para gerar surtos em comunidades. A transmissão limitada entre humanos pode ocorrer em algumas circunstâncias, por exemplo, quando há contato próximo entre uma pessoa infectada e um profissional de saúde desprotegido. No entanto, a transmissão ocorrida sob circunstâncias restritas não indica que o vírus tenha atingido o nível de transmissibilidade entre humanos necessária para causar uma pandemia.

A Fase 4 é caracterizada pela transmissão confirmada do vírus recombinado da gripe entre seres humanos, ou entre humanos e animais, capaz de causar “surtos em comunidades”. A habilidade para causar surtos prolongados da doença em uma comunidade sinaliza um aumento significativo do risco de pandemia. Qualquer país com suspeitas ou casos confirmados deve consultar a OMS com urgência, para que a situação seja avaliada em conjunto e o país afetado possa tomar decisões para assegurar uma rápida operação de contenção da pandemia. A Fase 4 indica um aumento significativo do risco de pandemia, mas não necessariamente que a pandemia seja inevitável.

A Fase 5 é caracterizada pela disseminação do vírus entre seres humanos em pelo menos dois países de uma região da OMS. Apesar de a maioria dos países não ser afetada neste estágio, a declaração de Fase 5 é um forte indício da iminência de uma pandemia, e de que o tempo para finalizar a organização, a comunicação e a implementação de medidas planejadas de atenuação é curto.

A Fase 6, a fase pandêmica, é caracterizada por surtos em comunidades em ao menos um país em uma região diferente da OMS, e acumula os critérios definidos na Fase 5. A designação desta Fase indica que uma pandemia global está a caminho.

Durante o período de pós-auge, as ocorrências da doença na maioria dos países, sob vigilância adequada, terão caído abaixo dos níveis observados no auge. O período de pós-auge significa que a atividade pandêmica parece estar diminuindo; no entanto, não há certeza de que ondas adicionais não irão ocorrer, e os países devem se preparar para uma segunda onda.

Pandemias anteriores foram caracterizadas por ondas de atividade distribuídas ao longo de meses. Uma vez que o nível de atividade da doença caia, uma tarefa de comunicações essencial deve ser empreendida para equilibrar esta informação com a possibilidade de uma nova onda. Ondas pandêmicas podem ocorrer em um intervalo de meses, e uma indicação imediata de “relaxamento” pode ser prematuro.

No período pós-pandemia, a atividade da doença retorna aos níveis normais registrados para a gripe sazonal. Espera-se que o vírus pandêmico se comporte como um vírus da gripe sazonal A. Neste estágio, é importante manter a vigilância e atualizar os planos de preparação e resposta à pandemia. Uma fase intensiva de recuperação e avaliação pode ser necessária.

Fonte da OMS: http://www.who.int/csr/disease/avian_influenza/Fase/en/index.html

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Por Marcos Silva