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domingo, 22 de agosto de 2010

É Tudo Culpa da Enfermagem!

OBSERVAÇÃO >>>>>> ESTE ARTIGO RETIREI DA REDE, OBEDECE A REDAÇÃO ORIGINAL NA INTEGRA, NO FINAL CITO A FONTE <<<<<<<<< OBSERVAÇÃO

Olá meus amigos invisíveis (mas que tenho certeza que existem)! Dessa vez não vou postar material pra vocês…
Até porque o momento é para descontrair um pouco! Ando meio estressado…………
Então pra tirar um pouco o foco da defesa do meu TCC (segunda-feira, eita!!!), quero compartilhar com vocês esse ótimo texto que vi no Papo de Gordo.
Apreciem:

É tudo culpa da enfermagem!

[…] Entrevistei alguns enfermeiros que conheço e selecionei algumas experiências minhas e deles para apresentar aos leitores.

Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que o título trata-se de uma piada, uma ironia com algo que ocorre muito frequentemente com os pobres enfermeiros; na grande maioria das vezes, de forma injusta. Num hospital, até quando falta água e luz dizem que é culpa da enfermagem. Se um paciente recebe uma medicação e melhora seu estado de saúde, ele diz “muito bom esse remédio que o doutor passou”. Por outro lado, se houver algum efeito indesejável, tipo hipersensibilidade (alergia), o comentário vai ser “a injeção que a enfermeira me aplicou me empolou todo”.

Parte disso ocorre porque os enfermeiros são responsáveis por toda uma equipe de enfermagem com vários técnicos que executam diversas funções como aplicar medicações, cuidar da higiene e do bem estar do paciente, verificar aparelhos e sondas, verificar dados vitais e perdas (urina e fezes) entre outras coisas. Por isso, eles têm mais contato com os usuários, se expõem mais e acabam levando a culpa por quase tudo.

Já o médico, só responde por ele próprio. Ele vê seu paciente uma ou duas vezes no dia e geralmente só faz o exame físico (quando não se precisa de um procedimento mais invasivo e/ou que seja considerado ato médico); o grosso mesmo fica com a enfermagem. Obviamente que estou aqui tratando de uma ambiente hospitalar, no caso de um internamento.

No campo ambulatorial, como nos PSF’s (Postos de Saúde da Família), não é muito diferente: Enquanto o profissional médico fica responsável apenas pelo atendimento clínico e atribuições de educação em saúde (palestras, por exemplo), os enfermeiros fazem a consulta de enfermagem, planejamento familiar, colhem material para o citopatológico cévico-vaginal (preventivo ginecológico), dispensam medicações dos programas de saúde (anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, anticoncepcionais, etc.), realizam a maior parte do pré-natal, fiscalizam e orientam os agentes de saúde, respondem pela sala de vacina e pelos curativos realizados pelos técnicos e ainda são os coordenadores da unidade, ou seja, preenchem toda a papelada chata e assumem a responsabilidade de quase tudo. Um colega meu, fazendo uma piada um tanto quanto preconceituosa, costuma dizer que “enfermeiro adora papel, relatório, mapa de vacina, está sempre preenchendo algum tipo de formulário”.

Como em toda profissão, existem os bons e maus enfermeiros. Estes últimos, eu costumo chamar de inferneiros, pois causam um inferno na cabeça do médico. É o tipo de profissional que não se interessa em fazer as coisas bem feitas, delega quase tudo para os técnicos, chega tarde, sai cedo, deixa tudo pela metade, faz as coisas pela sua própria cabeça, não segue protocolos ou diretrizes e muitas vezes prejudica a saúde do assistido. Com a multiplicação do número de escolas de enfermagem e, sejamos sinceros, a omissão dos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren) em relação a isso, o número de inferneiros tem crescido e esses profissionais acabam aceitando trabalhar por qualquer miséria, o que tem degradado muito a imagem e o valor da profissão. Hoje em dia, há enfermeiro ganhando menos de R$ 1.000,00/mês para trabalhar 40 horas semanais e, como o mercado está saturado, o cara tem que se sujeitar a isso ou ficar desempregado.

Imagino que alguns dos leitores estejam estranhando o nome enfermeiro no masculino, é que essa história que só ter mulher na enfermagem está deixando de ser realidade. Aqui em Amargosa, por exemplo, há vários enfermeiros e quase nenhum é homossexual. Aliás, esse rótulo é outra sombra que persegue os enfermeiros. Basta entrar na faculdade pra ser tachado de bicha. Nada contra os gays, mas ninguém gosta de ser chamado do que não é.

Um amigo meu, ainda no tempo de estudante de enfermagem, pegou um caderno de uma colega para copiar alguns assuntos e no caminho para a biblioteca encontrou outra colega, que ele achava gatíssima, e a menina estava dando o maior mole pra ele; só que, quando a conversa foi ficando interessante, ela deu uma olhada para o caderno de florzinha com um coração de plástico cor de rosa cheio de glitter, preso na espiral (também rosa) do caderno por uma correntinha e imediatamente pensou “esse Sprite é Fanta”. Pediu licença e foi embora. O coitado ficou desolado com o ocorrido, mas isso ainda acontece muito. Numa cantada, dizer que é enfermeiro já dificulta um pouco a conquista, é melhor guardar para a manhã seguinte depois de já ter rolado tudo. E não se assuste se a garota disser espantada: “Você é enfermeiro? Não parece!”

A verdade é que a enfermagem é uma profissão muito bonita e hoje os enfermeiros estão cada vez mais atuantes e expandindo seu leque de ações, formam grupos de apoio ao aleitamento materno, assistência pré-natal e puerperal, ambulatórios de feridas, saúde do trabalhador entre muitas outras funções. Ainda assim, os que praticam a arte do cuidar, chegando ao leito de cada paciente acalentando, orientando, deixando o internamento menos desagradável, nem sempre recebem o crédito devido. Fica então aqui essa singela homenagem do Dr. Tapioca aos discípulos de Florence Nightingale.


Gostei desse texto por ele mostrar a nossa realidade sem muitos rodeios. O que acharam?

MENSAGENS PARA >>>>>> marcos.silva.social@gmail.com

FONTE >>>>> MATERIAL DE ENFERMAGEM

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Por Marcos Silva