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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tumor Filiode - Relato de um curativo

Estava no posto de saúde em meu horário de trabalho, quando a minha coordenadora me chamou em particular e me solicitou que eu fosse a uma residência no bairro do Jardim américa em Fortaleza/Ce para fazer um curativo, bem próximo do posto.


Fui apresentado a um senhor que se identificou como Gilberto irmão da paciente que se chama Paula. Quando eu entrei no veiculo locado ( taxe ) pela família avistei duas senhoras, nem passava pela a minha cabeça que uma delas era a paciente.


A primeira senhora tinha uma idade de aproximadamente 50 anos, baixa, morena e franzina. A segunda era obesa, de cor clara, da mesma estatura da primeira e bastante calada, diferente da morena que falava bastante, buscando mais informações a respeito da minha pessoa. Percebi na mulher calada que existia um volume entre a cintura e o seio esquerdo. Pensei : O QUE É QUE ESSA SENHORA ESCONDE ?


Logo o taxista se deslocou para o nosso destino e ao chegarmos foi um sacrifício da senhora Paula sair do taxe, descobri também que a mulher era portadora de *Erisipela nos MMII. A peguei com o máximo de cuidado e adentramos em sua residência, uma casa bem modesta, de vários cômodos.


A senhora Paula deambulou até o seu quarto e logo preocupou-se em se arejar para o curativo. Fiquei na sala esperando esperando que ela me chamasse. Por quase 20 minutos fiquei na sala conversando com o senhor Gilberto. O mesmo me dando varias informações a respeito da senhora Paula. Motivos e mais motivos do estado de saúde da sua irmã, que estava precisando de uma cirurgia para a retirada dos cistos, que ela havia adquirido repentinamente.


A senhora Paula em seguida me chama para entrar no quarto e quando eu entro me deparo com tamanho do curativo que eu iria realizar. Ela se explicando os motivos do curativo, dos odores, das gases e micropoli que seria bastante trabalhoso os meus serviços.


Eu a tranqüilizei justificando os meus serviços e claro o meu amor pela a causa na área de enfermagem. 


fui retirando os resíduos de curativos ali pregados no seio esquerdo dela. Vi o tamanho da extensão do seio dela e cheios de nódulos instalados. Com muita delicadeza retirei todas as gases e mantendo um dialogo com a paciente, que sempre se justificava e se lamentava por aquele estado de podridão " digo podridão nas palavras dela ".


Durante toda a limpeza e troca do curativo eu a explicava os procedimentos e os motivos de uma boa comunicação entre nós, pois assim sela uma humanização entre ambos no momento. Ela deu um sorriso de conforto, muita esperança e uma espiritualização nos cercando.


Eu perguntei a ela como ela tinha adquirido aqueles cistos em seu seio esquerdo e ela não tinha uma resposta definitiva. Ora ela dizia que tinha pego de uma pessoa, ora infecção, ora por ter colocado cédula de dinheiro dentro do sutiã, ora não sabia ao certo.


E fiz a pergunta cruciante sobre o nome daqueles cistos.


E ela me respondeu. " ERA UM FILOIDE "


VEJA NAS IMAGENS ABAIBO:

Tumor filóide (do Gregophullon folha), também conhecido como cistosarcoma filóide, é uma massa tipicamente grande, de crescimento rápido que se formam a partir das células estromais periductais damama. Eles contribuem para menos de 1% de todas asneoplasias da mama.
Este é um tumor predominantemente de mulheres adultas, com muitos poucos exemplos relatados em adolescentes. As pacientes tipicamente apresentam uma massa palpável firme, móvel, de consistência duro-elástica e com limites bem definidos.  Estes tumores crescem muito rapidamente, podendo aumentar muito de tamanho em poucas semanas. A ocorrência é mais comum entre os 40 e 50 anos, antes da menopausa. O tumor acontece geralmente 15 anos mais tarde do que a idade típica dos pacientes com fibroadenoma, uma condição com a qual o tumor filóide pode ser confundido por ser clinicamente indistinguível deste.

Erisipela é um processo infeccioso cutâneo, podendo atingir a gordura do tecido celular subcutâneo, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação venosa dos membros inferiores. Não é contagiosa.
Nomes populares: esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita, febre-de-santo-antônio.



continua ...

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Por Marcos Silva