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domingo, 4 de março de 2012

Fazer o bem é bom para a saúde

As razões são tantas para fazer o bem que os sinais aparecem na alma e no corpo. Aumento no bom humor é um sintoma claro, mas ser voluntário melhora também a saúde



Ela entrega caminhos, há mais de 20 anos, para socorrer desconhecidos no Hospital São José. A outra, há mais de uma décadas, oferta tempo e amor para pensar estratégias de mitigar a dor do câncer de crianças e adolescentes. A chef de cozinha doa manhãs de sábado, e o quanto mais o tempo permitir, para tentar abafar carências de meninas e meninos vítimas do abandono e da aids, ao mesmo tempo. Uma estudante arranca sorrisos de crianças internadas em hospitais infantis. 

E as quatro mulheres acreditam que fazem pouco. Nada mais além do dever. À medida que entregam ao outro o tempo, elas acreditam que recebem um bem maior: o amor. É o que diz um ditado - quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade.

A teoria de que “fazer o bem faz bem” é compartilhada pelo gerontologista e professor aposentado do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) Antero Coelho Neto. Aos 84 anos, Antero se dedica aos estudos das implicações sociais, psicológicas e biológicas do envelhecimento. Logo cedo, compreendeu que realizar trabalhos de voluntariado, doação ou simplesmente fazer o bem tem como vantagens trazer mais vida e saúde. “Porque, quando fazemos o bem, boa parte dos males do estresse vai embora. Ficamos relaxados, calmos, impedimos que as preocupações se somatizem”, define.

Para trazer esse bem, no entanto, é necessário que a doação tenha dois quesitos: seja olho no olho e, o mais importante, venha do coração. A palavra voluntário vem do latim voluntariu e voluntate, que significam vontade. “Não adianta nada fazer o voluntariado apenas para se dar bem. É preciso que venha de dentro, que não tenha interesse”, complementa o psiquiatra Antônio Mourão Cavalcante, professor da Faculdade de Medicina da UFC. Mourão ajusta que, mesmo com a intenção de ser um tratamento, não é difícil que as pessoas se encantem.

A partir das histórias das práticas de se doar, conversamos com especialistas para saber mais das melhorias na qualidade de vida do voluntário. E descobrimos que ajudar aos outros é bom não apenas para melhorar nossa autoestima. Mas faz um bem também à nossa saúde.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA
De acordo com o médico gerontologista Antero Coelho Neto, realizar práticas de doação e voluntariado, com o corpo a corpo, faz o organismo produzir neurotransmissores capazes de evitar radicais livres, incentivadores dos sinais do envelhecimento.

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Por Marcos Silva