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segunda-feira, 14 de março de 2011

VENÓCLISE


  É a introdução de grande quantidade de líquido, por via endovenosa.
Locais de aplicação
  De preferência veias que estejam distantes de articulações, para evitar que com o movimento a agulha escape da veia.
MATERIAL
Bandeja contendo:
  • Agulha ou escalpe*.
  • Equipo para soro (plastequipo).
  • Frasco com a solução prescrita.
  • Esparadrapo ou micropore.
  • Suporte para o frasco de soro.
  • Tesoura.
  • Saco plástico para lixo.
  • Luvas de procedimento.
  • Etiqueta de identificação.
  • Garroto.
  • Algodão.
  • Cuba-rim.
  • Álcool a 70%.

Quando necessário: Tala para imobilizar e ataduras.
Ao invés da agulha, melhor é utilizar conjunto alado para infusão, também chamado escalpe ou Butterfly.
Vantagem do "escalpe "sobre a agulha comum:
  1. As asas podem ser dobradas para cima, facilitando a introdução na veia.
  2. A ausência de canhão permite melhor controle sobre a agulha e envia maior angulação.
  3. É menos traumatizante, pois são apresentados em diversos calibres e com bisel curto que reduz a possibilidade de transfixar a veia.
  4. Após a introdução na veia, as asas são soltas, proporcionando um contato plano menos irritante para o paciente.
  5. A numeração dos escalpes na escala descendente é 27,25,23,21,19 e 17 para o uso comum, existindo outros calibres para tratamentos especializados.
MÉTODO
  1. Preparo do ambiente e do paciente
    1. Conversar com o paciente sobre o cuidado a ser  executado.
    2. Providenciar suporte para o soro.
    3. Verificar as condições de iluminação e aeração.
    4. Desocupar a mesa-de-cabeceira.
  2. Preparo do medicamento
    1. Lavar as mãos.
    2. Abrir o frasco com a solução e o plastequipo.
    3. Introduzir no frasco de soro, os medicamentos prescritos.
    4. Adaptar o plastequipo no frasco.
    5. Retirar o ar, pinçar e proteger a extremidade do plastequipo.
    6. Rotular o frasco com nome do paciente, leito, o conteúdo sa solução, horário de início e término, número de gotas/minuto, data e assinatura do responsável pelo preparo.
  3. Aplicação
    1. Lavar as mãos.
    2. Levar o material na bandeja e colocar na mesa-de-cabeceira.
    3. Separar as tiras de esparadrapo ou micropore.
    4. Selecionar a veia a ser puncionada.
    5. Colocar o frasco no suporte e aproximá-lo do paciente.
    6. Posicionar o paciente de modo a mantê-lo confortável e facilitar a visualização das veias.
    7. Calçar as luvas.
    8. Prender o garrote aproximadamente 4 dedos acima do local da punção e pedir ao paciente para abrir e fechar as mãos (se MMSS), e conservá-la fechada.
    9. Fazer anti-sepsia da área, com movimentos firmes e no sentido do retorno venoso, para estimular o aparecimento das veias.
    10. Desprezar o algodão no saco plástico.
    11. com o polegar da mão não dominante, fixar a veia, esticando a pele, abaixo do ponto de punção.
    12. Introduzir o escalpe e tão logo o sangue preencha totalmente o escalpe, pedir para o paciente abrir a mão, soltar o garrote e adaptar o escalpe ao equipo.
    13. Abrir o soro observando o local da punção.
    14. Fixar o escalpe com o esparadrapo ou micropore.
    15. Controlar o gotejamento do soro, conforme prescrição.
    16. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
    17. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
    18. Retirar as luvas e lavar as mãos.
    19. Anotar o horário da instalação.
OBSERVAÇÕES
  1. Observar o local da punção, para detectar se o escalpe está na veia, evitando edema, hematoma, dor e flebite.
  2. controlar o gotejamento do soro de 2/2 horas.
  3. No caso de obstrução do cateter ou escalpe, tentar aspirar o coágulo com uma seringa.  Jamais empurrá-lo.
  4. Para verificar se o soro permanece na veia:
    1. Observar a ausência de edema, vermelhidão ou dor no local.
    2. Colocar o frasco abaixo do local de punção, a fim de verificar se há refluxo de sangue para o escalpe.
      • Devido ao risco de contaminação, não se deve desconectar o soro escalpe para ver se o sangue reflui.
      • Caso os teste demonstrem problemas, providenciar imediatamente nova punção.
  5. Em casos de pacientes inconscientes, agitados e crianças, fazer imobilizações.
  6. Se o acondicionamento da solução for em frasco tipo "Vacoliter", ao retirar a borracha que recobre os orifícios de entrada do equipo e do ar, observar se faz ruído pela entrada do ar.  Se não o fizer, não deverá ser usado.
  7. Só aplicar soluçÕes límpidas.
  8. Nos frascos de plástico não há necessidade de colocar a agulha para fazer o respiro.  Se julgar conveniente colocá-la, observar que não haja contaminação do conteúdo, fazendo desinfecção do local de inserção da agulha e evitando que a agulha toque no conteúdo líquido.
  9. Usualmente o frasco fica pendurado no suporte, numa altura aproximada de um metro acima do leito, mas pode variar conforme a pressão que se deseja obter.  Quanto mais alto estiver o frasco, maior é a força da gravidade que impulsiona o líquido

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Por Marcos Silva